Atividade 4 – Discussão conjunta e das análises realizadas, I

Comparação da análise das entrevistas

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Decidi comparar o meu trabalho com o da Vanessa Noronha Tölle, que entrevistou dois jovens que residem em países diferentes, Áustria e Brasil, e têm menos 6 a 8 anos do que jovens que eu entrevistei. Pareceu-me que seria interessante comparar as três realidades.

Comparando as duas entrevistas, ressalvo os seguintes aspetos:

1. Controlo parental
Os jovens que entrevistei afirmaram que não tinham nenhum tipo de controlo parental. Quando analisei as minhas entrevistas, atribui como possível hipótese desta o facto de serem maiores de idade. Na verdade, os jovens entrevistados pela Vanessa (e a maioria dos entrevistados pelos colegas) também não têm qualquer acompanhamento dos pais. Creio que este dado reflete a falta de conhecimento por parte dos pais. Projetos como o SeguraNet e o Miúdos Seguros na Net são, na minha opinião, essenciais tanto para professores como para encarregados de educação. Estes sites disponibilizam informação para melhor acompanhar os jovens e as vivências online.

2. Telemóvel
A Vanessa afirmou na secção de telemóveis: “Basicamente utilizam o telemóvel como extensão do corpo como citado no texto de Prensky.” De facto, tanto os meus entrevistados como a adolescente entrevistada pela Vanessa prescindiam mais facilmente do computador do que do telemóvel. Este dispositivo começa a ganhar a preferência dos jovens.

3. Dados pessoais
Os entrevistados mostram preocupação pela disponibilização dos dados pessoais e conhecem o termo cyberbullying. Projetos de sensibilização como o projeto Dadus da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) são, cada vez mais, fundamentais porque apresentam respostas às necessidades dos jovens.

4. Redes sociais e perfis pessoais
As redes sociais fazem parte do dia-a-dia dos quatro jovens. O facebook é a rede utilizada pelos quatro, ultrapassando as barreiras da língua e nacionalidades. Aproveito a oportunidade para partilhar um documento: Facebook for educators.

5. Confiança na informação
Um aspeto que me surpreendeu foi a resposta sobre a informação disponível na rede, os entrevistados mais velhos (entrevistados por mim) sentem mais confiança nos conteúdos disponíveis na rede do que os mais novos (entrevistados pela Vanessa), talvez porque carecem de instrumentos que facilitem o reconhecimento de informação de qualidade.

6. Competências TIC
Os jovens que eu entrevistei adquiriram as suas competências na escola, os jovens que a Vanessa entrevistou afirmam ter adquirido as suas competências ao utilizá-las, ou seja em contextos informais. Significará este aspeto uma alteração de hábitos geracionais?

Publicado segunda-feira, 20 Junho 2011, 23:25, no fórum da Universidade Aberta.

Update: Facebook para Educadores em português 😉

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