Participação no debate #5

Após a apresentação do trabalho em grupo, cada um de nós foi convidado a fazer uma análise comparativa um trabalho de outro grupo. Deixo aqui a minha participação.

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Após a leitura do trabalho do grupo azul marinho, com base no texto Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media: 143-164., das leituras e discussões proporcionadas pelo meu trabalho com (e no) grupo azul,  baseado no texto, Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47., deixo aqui a minha reflexão sobre os dois textos.
No texto que analisámos são apresentados quatro casos em os media digitais são utilizados e integrados nos processos de construção da identidade. Um dos casos apresentados é o de Walia, uma jovem refugiada de 15 anos a viver no Reino Unido que é convidada a construir uma narrativa digital, utilizando voz  e imagens (photovoice) para se representar e expressar a forma como quer ser vista e ouvida, dentro de um projeto específico para jovens refugiados chamado Moving Lives.  Walia apresenta o projeto Get my phone back or die trying. Como afirma o grupo azul marinho, questões de dependência podem ser discutidas e levantadas: “o que aconteceria se um jovem ou jovens tivessem de passar, por exemplo, uma ou duas semanas sem telemóvel?” Neste caso, considero que para a maioria dos jovens, como afirma Prensky (2004) o telemóvel é uma necessidade e vive-se muito mal na falta de uma necessidade…

Por outro lado, mesmo ponderando as questões de dependência e dispersão da atenção, o telemóvel pode ser aspetos benéficos na construção da identidade. Voltemos a Walia, o telemóvel dá voz a esta jovem e aumenta a sua autoestima e confiança: The identity Walia constructs in her online photovoice posting is of a young woman who is sociable, strong (p.33).

Creio que aqui é visível o duplo significado de identidade móvel de Stald (2008): “a ideia de que a identidade dos jovens é influenciada pelo uso de meios de comunicação, em particular os meios de comunicação pessoal, como o telemóvel” e, por outro uma identidade móvel “mudando e desenvolvendo-se a cada momento e ao longo do tempo manifestando sensibilidade às mudanças nas relações”, uma identidade em ação, nas palavras de Webber e Mitchel.

Publicado quinta-feira, 26 de Maio 2011, 00:41, no fórum da Universidade Aberta.

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