Recursos de aprendizagem #2

Prensky, M. (2004) The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology and how they do it. 1-14.

Neste texto Prensky apresenta as coisas que um nativo digital faz de forma diferente de um imigrante digital. Segundo o autor, os nativos digitais estão a mudar a forma de:

Comunicar. Usam email, mensagens instantâneas e chat. O telemóvel tornou-se uma necessidade. Usam e criaram abreviaturas para aumentar a rapidez comunicativa (p.2);
Partilhar. Blogues, webcams, telemóveis com câmara. Utilizam estas ferramentas para partilhar e não para monitorizar, como os imigrantes (p. 4);
Comprar e vender. Principalmente, compram e vendem no eBay. Compram e vendem trabalhos escolares, material, adereços e personagens evoluídas de jogos online. Vendem serviços e os seus trabalhos (p. 5);
Trocar e intercambiar. Os nativos digitais trocam e intercambiam tudo aquilo de que gostam, principalmente vídeos, música, filmes, sites. Dando muitas vezes origem a que, por exemplo, um vídeo no YouTube se torne  “viral” (p. 6);
Criar. Os nativos digitais além de criarem os avatars para jogar online, também criam mods e machinias. Estas criações, na maioria criativas, fazem com que o trabalho feito por estes jogadores seja maior do que o trabalho dos programadores que desenvolveram o projeto (p. 6);
Reunir-se, encontrar-se.  Já não tem de ser pessoalmente. Os nativos digitais utilizam a tecnologia, como as salas de chat 3D para reunirem-se, marcar encontros românticos, encontrar a cara-metade (p. 7);
Colecionar. A nova geração coleciona outro tipo de coisas: músicas, vídeos, aplicações (p. 7);
Coordenar. A complexidade de muitos dos jogos online faz com que os nativos digitais tenham de aprender e desenvolver novas competências e muitos dos objetivos só podem ser alcançados se se coordenarem online. Por isso, as capacidades de coordenação e auto-coordenação estão a ser bastante desenvolvidas por estes jovens (p.7);
Avaliar. Construir uma boa reputação online é essencial, tanto para pessoas como para serviços. As pessoas não se conhecem pessoalmente, por isso, têm de ter um sentimento de segurança e confiança baseado nas opiniões, atitudes e avaliações de todos os utilizadores (p. 8);
Jogar. Os jogos online são cada vez mais para multi-jogadores e à volta de comunidades. Um jogo de computador já não é só uma pessoa e um computador isolados (p. 9);
Aprender. A motivação é muito importante. Um nativo digital aprende aquilo que quer e põe a tecnologia ao serviço da sua aprendizagem (p. 9);
Pesquisar. Pesquisar é o segundo maior uso da Internet, logo a seguir ao email. Os nativos pesquisam tudo online: telefones, pessoas, definições, etc. (p. 10);
Analisar. Os nativos digitais participam em grandes projetos de análise, como o SETI (Search For Extraterrestrial Intelligence) da Universidade da Califórnia. Deixam a tecnologia a analisar dados importantes para investigações de universidades (p. 10);
Relatar, transmitir. Usam as ferramentas da Internet para relatar e transmitir as suas ideias e opiniões sobre todos os aspetos da vida (p. 11);
Programar. A linguagem de programação não tem segredos para os nativos digitais. Estão habituados a programar e a personalizar a tecnologia de acordo com os seus interesses (p. 11);
Socializar. Socializam e são socializados de uma forma diferente. O aspeto físico tem menos peso e são valorizadas as opiniões e produções/criações pessoais (p. 12);
Envolver, comprometer. Os nativos digitais envolvem-se de forma mais imediata, não precisam de tempo ou de marcar os encontros antes de sair de casa (p. 12);
Crescer. Faz parte do crescimento explorar e transgredir. Os nativos digitais também o fazem online. Cabe aos adultos compreender os nativos digitais e ajudá-los a navegar, estar e experimentar na Internet de forma segura (p. 12).

Não são poucas as diferenças assinaladas por Prensky. Quantos de nós, segundo Prensky imigrantes digitais, já fazemos estas coisas, ou maioria, online? Apesar de ainda ter muito sotaque, vivo e faço muitas destas coisas online. Que outras coisas se acrescentariam à lista em 2011, com a emergência das redes sociais?

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